(Mt 5:43-48) Amor cristão na era dos extremos
Amar os inimigos é uma obrigação cristã, além de condição da filiação divina e a imitação do próprio Deus.

Texto publicado originalmente em 02 de fevereiro de 2023, como sermão pregado na Igreja Cristã da Palavra, em Santo André, e revisado por mim. Foi o primeiro sermão, portanto introdutório, da série sobre o Sermão do Monte, que ainda estamos estudando, mensalmente.
"Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso!
E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês".Mateus 5:43-48, NVI
Eu pedi para o grupo de música ensaiar uma canção que eu sempre detestei durante minha adolescência - a canção "Aliança", de Bené Gomes – lançada em 1988. Foi regravada por muitos artistas; a versão no link é da Banda Morada, de 2022 (emendada com “Nele você pode confiar”, de Ricardo Costa Neves, 1988). Geralmente, eu odiava toda a experiência em torno da canção. Eu lembro que o pastor da igreja pedia pra gente olhar para a pessoa do lado e cantar pra ela. Na minha mente, era uma falsidade só. Primeiro que, cantar pro cara que tava ao meu lado, alguém que eu nem conhecia, com um sorriso amarelo, me era estranho. Eu tinha a maior vergonha. Em segundo lugar, entendia que estava perdendo tempo de falar com Deus durante o culto pra me engajar em animação de platéia.
Tudo bem, a canção a que nos referimos é horizontal. Não é feita para cantarmos para Deus, mas um para o outro, e seu objetivo é fazer a gente pensar. É uma daquelas canções que talvez se beneficiariam muito mais se tocasse apenas na rádio e no carro ou enquanto lava a louça, pensando na vida. Ou mesmo ao ler um blog como este. Misteriosamente, se tornou atual, e mais que isso, nos lembra de um patamar moral onde deveríamos estar. Porque nele não estamos mais.
Relaxa, não vou pedir para você fazer uma serenata para a pessoa mais próxima de você. Ao invés disso, vou pedir para você prestar muita atenção em mim e no que vou dizer, pois pode ficar desconfortável. Imagine que a pessoa mais próxima votou no candidato a presidente oposto ao que você votou. Imagine essa pessoa defendendo o ponto-de-vista que você detesta. Se você for capitalista, o cara vai ser, na sua mente, comunista; ou vice-versa. Se você for corintiano, o cara é palmeirense. Etcetera.
Agora, pense no candidato a presidente oposto ao que você votou. Visualize a pessoa, o próprio candidato, como se estivesse na sua frente, olhando para você. Deixe todos os seus sentimentos mais primitivos e humanos aflorarem. Pode até sentir aquela raiva das mídias sociais.
Agora, imagine o candidato cantando para você:
Como é precioso, irmão, estar bem junto a ti e juntos, lado a lado, andarmos com Jesus e expressarmos o amor que um dia ele nos deu pelo sangue do calvário sua vida trouxe à nós.
Lembre-se, quem canta é seu inimigo político! Mas a pessoa continua te olhando, com um sorriso sincero, e segue:
A aliança do Senhor eu tenho com você não existem mais barreiras em meu ser Eu sou livre pra te amar, pra te aceitar e para te pedir: perdoa-me, irmão.
E então, o que você faz?
O mundo nunca esteve tão dividido em opostos polares, desde que eu me lembro. Pesquisas mostram o mundo mais e mais dividido, após a ascensão das mídias sociais, especialmente por causa dos famosos algoritmos, os quais selecionam conteúdo para te enviar baseado na quantidade de cliques em determinados sites, imagens ou websites.
Para a socióloga Zeynep Tufecki, inclusive:
"encontrar pontos-de-vista contrários nas mídias sociais, não é como lê-los no jornal enquanto estamos sozinhos. É como ouví-los da torcida oposta, enquanto ficamos com a nossa torcida, em lados diferentes de um estádio de futebol. Nos relacionamos bem com nossa torcida porque gritamos contra a torcida do outro time." (1)
(em artigo de Jonathan Haidt, 2022)
Para ficar mais fácil de entender, os algoritmos das mídias sociais são como minha avó. Basta você dizer que gosta de macarrão pra todo dia da semana ter macarrão, ainda que em formatos diferentes, e quando você já está satisfeito com o tanto que comeu ela diz: "come meu filho, como você tá magrinho! Pode comer mais, pode. COME MULEQUE."
Por isso, faço uma pergunta: quantas vezes, essa semana, você viu o nosso texto bíblico, do Evangelho de Mateus, enviado para você em alguma mídia social? Quantas vezes a frase "ame seu inimigo" apareceu no Instagram essa semana? Ora, se o texto que lemos não aparecer em nossa frente com tanta frequência vamos esquecê-lo. É aí que mora o perigo de ignorar o evangelho. Por isso, creio que meu trabalho hoje é explicar este pedaço do Sermão do Monte e o conceito de amor em nossa era de extremos; para vocês e para mim.
O evangelho é maravilhoso porque, parafraseando Martin Lloyd-Jones, nunca concorda conosco. Se o mundo diz algo e se comporta de determinada maneira, o evangelho vai na contramão. A fé cristã é uma contracultura. E, sejamos sinceros, basta assitir ao noticiário, ler um jornal, e você verá pessoas pedindo justamente isso: o contrário daquilo visto todos os dias: a presença de um amor mais elevado.
Não nos referimos a amor romântico. Se fosse assim, estaríamos bem; à época que os Beatles gravaram "All you need is love", a revolução sexual se instalou e sexo deixou de ser tabu. (Abaixo, na versão do Resgate, 2016.) Nem por isso o mundo ficou melhor. Não é esse o amor a que Jesus se refere no texto de Mateus 5. Mas vamos com calma. Um pedaço do texto por vez.
Mateus 5:43-48 faz parte do Sermão do Monte, texto considerado por religiosos de várias religiões, ateus, agnósticos, políticos, etc, como uma das mais belas e profundas produções escritas da humanidade. Mas e daí? Muita coisa é bonita, e nem por isso, desafiadora como o texto que lemos. Por que causa tanto desconforto? Por que parece, dois mil anos mais tarde, tão impossível de se alcançar? Por que desafiar nossa com isso, quando poderíamos falar de qualquer outra coisa mais prática?
Entretanto, o que poderia ser mais prático que aprender a amar alguém? Conforme estudava esse texto ao longo da semana, percebi três lições extremamente simples, práticas e desafiadoras. Amar os inimigos, segundo Jesus, é uma obrigação. Além disso, é condição da filiação divina. Por fim, amar o inimigo é imitar o próprio Deus. Vou explicar.
Amar o inimigo é uma obrigação (v. 43-44)
Jesus começa essa lição falando daquilo que os discípulos ouviam falar. "Ame o seu próximo, mas odeie o seu inimigo". Provérbio forte esse - de onde teria vindo? Certamente não do Velho Testamento. Em lugar nenhum da Bíblia, exceto aqui, se lê "odeie seu inimigo". Na verdade, Levítico 19:18, contém o mandamento "ame o seu próximo como a ti mesmo". Mas veja alguns dos Salmos imprecatórios, por exemplo:
Salmo 31:6: "Odeio aqueles que se apegam a ídolos inúteis; eu, porém, confio no Senhor." O salmista escreve no contexto da idolatria.
Salmo 119:113: "Odeio os que são inconstantes, mas amo a tua lei." Aqui, o autor escreve no contexto da obediência à lei de Deus.
Salmo 139:21: "Acaso não odeio os que te odeiam, Senhor? E não detesto os que se revoltam contra ti?" O poeta fala no contexto do relacionamento com Deus.
Não temos tempo hoje de explicar esses salmos, mas posso dizer o seguinte: quando se deparar com eles, leia como se o Filho de Deus, o Príncipe da Paz, na condição de Juiz do Juízo Final, profere uma sentença contra aqueles que recusam o Senhor ou sua Palavra. James Adams, em seu livro Salmos de Guerra do Príncipe da Paz (2), defende muito bem essa interpretação. Em outras palavras: o Ungido de Deus, Cristo, é o único capaz de se expressar dessa maneira em oração, mas mesmo assim prefere o caminho ainda mais excelente: "Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele." (João 3:17)
Por isso, podemos facilmente concluir que, nos dias de Jesus, as pessoas estavam distorcendo o ensino bíblico, baseados na própria Bíblia! Não por acaso é famosa a frase: "A Bíblia é a mãe de todas as heresias", e estamos vendo justamente isso atualmente: pessoas usando a Bíblia para promover o ódio e o desprezo daqueles vistos como inimigos!
Então, aqui está o problema: as pessoas estavam aplicando um conceito alheio à Palavra de Deus e praticando-o em suas vidas. Parecia bíblico, mas não era. Ora, sempre que adotamos algo não-bíblico como verdade, nos damos mal. Além disso, quando você é cristão, precisa lembrar de uma regrinha de ouro, válida pra qualquer situação: se todo mundo está fazendo uma coisa, possivelmente não é o que eu, cristão, deveria fazer, pois "quem quer ser amigo do mundo, faz-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4).
Em nosso mundo as pessoas não amam seus inimigos. Preferem agrupá-los em categorias, rotulá-los, chamando-os de tudo quanto é nome; cancelá-las nas mídias sociais; bloqueá-las; excluí-las. Percebe a força desses verbos? São verbos finais, como se a pessoa estivesse, para todos os efeitos, morta para o outro. Mas e quanto a amá-los? Aí é outra história.
Por exemplo, vocês viram há alguns anos atrás, estupefatos, eu espero, a tragédia que acometeu os Yanomami. Durante aquela semana, as mídias sociais traziam acusações contra governo X ou governo Y; presidente X contra presidente Y. Agora, eu pergunto: quantos de vocês se preocuparam em, ao invés de compartilhar posts como esses, entrar em um site de doação para enviar dinheiro àquelas pessoas?
Mas o ensino de Jesus vai além disso: quantos de vocês oraram por aqueles responsáveis pela tragédia, acuse você quem quer que seja? Quantos oraram pelos garimpeiros, pedindo que encontrem bom emprego e parem de fazer mal aos yanomami? Para que os financiadores dessa atrocidade se arrependam e consertem o mal que fizeram, e que a justiça os alcance? Ou para que o atual governo, mesmo que você não goste dele, possa ter agilidade para solucionar o problema, e salvar aquelas crianças e adultos da desnutrição, malária e fome? Quantos oraram pelos yanomami, ou pela oportunidade de ajudá-los, ao invés de desumanizá-los e reduzí-los a uma bandeira política?
Pois isso seria seguir o mandamento de Jesus. Isso seria ser cristão, algo que o mundo jamais poderia ser ou fazer. Porque o mundo ama o próximo, mas odeia o seu inimigo. Porém, nós, cristãos, precisamos ser diferentes, pois Jesus nos ensinou que estamos do mundo, mas não somos parte dele. Nós somos o seu sal e a sua luz. Se perdermos o sabor, ou ficarmos escondidos embaixo da cama, serviremos para quê?
Amar o inimigo é condição da filiação divina (v.45)
A pergunta lógica que se segue, se o argumento bíblico não for suficiente para você, é: "Por que, então, devo amar meus inimigos e orar pelos que me perseguem?" A essa pergunta Jesus responde de duas maneiras.
A primeira resposta é motivacional – "para que", isto é, amar os inimigos levará a certa consequência, produzirá um certo resultado. Que resultado é esse? "Para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus."
Perceba que a consequência imediata é o reconhecimento da nossa filiação. Jesus disse: "Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". (João 13:35) Um dos discípulos que ouviu essa mensagem e a guardou foi o apóstolo João; tanto que, em sua primeira carta, nos capítulos 3 e 4, escreve profundamente sobre a questão do amor ao próximo, elaborando sobre o que Jesus ensinou, em clara demonstração de tentar viver o que pregava.
"... sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus; e também quem não ama seu irmão. Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte. Quem odeia seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem vida eterna em si mesmo. Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.
(1 João 3, partes.)
Mesmo assim João não se dá por satisfeito. O amor é a definição do cristão, porque é a definição do próprio Deus!
Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. (...) Deus é amor. (...) Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
(1 João 3, partes)
A segunda resposta de Jesus para a pergunta "por que amar meu inimigo" também é bem prática: "porque Deus vê a todos iguais neste mundo". Ele criou um universo onde todos vivem; maus e bons veem o nascer do sol e dele se beneficiam; justos e injustos se beneficiam da chuva que rega o solo para a alimentação de todos nós. Deus sustenta sua criação, incluindo seus inimigos. O mundo é do jeito que é porque Deus o quer assim. O mundo não é, nem nunca vai ser, do jeito que você quer.
Por isso, lembre-se: se Deus faz o mundo funcionar para o bem de todos, e o mundo é o circo onde satanás faz suas palhaçadas, quanto mais nós, filhos de Deus, precisamos ajudar nosso município, cidade, estado e país a funcionarem, mesmo que vejamos seu governo como inimigo. O mundo odeia Deus, como insistimos; as pessoas são obcecadas em tentar provar que Ele não existe. Evitam falar dele em cenários públicos. Ele quase nunca não aparece nas novelas ou nos filmes indicados ao Oscar, pois Deus não é divertido. Deus é assunto sério.
E mesmo assim, ele ama os que o odeiam. E, como cristãos, imitamos nosso Pai, e essa é a lição final de Jesus neste texto de Mateus 5.
Amar o inimigo é imitar a Deus (v. 46-48)
Finalmente, irmãos e irmãs, vocês podem me perguntar, "ora, falar é fácil, mas quem um dia já amou os inimigos"?
Vou deixar o apóstolo Paulo responder:
Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. ... Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!
(Romanos 5:7-8, NVI)
Você já duvidou de Jesus? Os judeus do primeiro século exigiram sua crucificação por causa da dúvida sobre Ele não ser o Messias. Você já zombou de Jesus ou dos seus discípulos, ridicularizando o Filho de Deus ou a Igreja? Os soldados romanos também fizeram a mesma coisa, enquanto batiam nele com varas e espetavam uma coroa de espinhos na sua cabeça. Você já negou Jesus? Pedro o fez enquanto Jesus apanhava no sinédrio. Você já trocou Jesus por qualquer coisa que tivesse pouco valor? Judas o fez. Você já ignorou a crucificação de Jesus, mesmo tendo ouvido a mensagem? Pilatos também o fez.
Mas lá está ele, sangrando e exalando seus últimos suspiros, pedindo a Deus: "Pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem." Você tem orado assim pelos seus inimigos? Pedindo sua salvação, fazendo algo por eles, enquanto eles te odeiam? Ou tem gastado mais tempo ouvindo e reproduzindo o discurso do ódio e da intolerância? Durante os próximos dias, quando ler as mensagens dos seus inimigos, lembre de cantar para eles:
"A aliança do Senhor eu tenho com você…”
Todos nós já fomos (se cristãos salvos), ou ainda somos (se não-cristãos, ou cristãos hipócritas, nominais), inimigos de Deus e do seu filho Jesus Cristo. Mas ele nos ama mesmo assim. Por isso Jesus não desceu da cruz quando provocado: consumou seu trabalho, morrendo por nós para que tivéssemos perdão, fossemos chamados filhos de Deus, e nos tornasse capazes de amar uns aos outros, inclusive nossos inimigos. E por isso Deus o ressuscitou: para mostrar que o caminho do amor de Deus é o mais excelente de todos, como lemos em 1 Coríntios 13.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não há político, partido, país ou líder que ensine a mesma coisa, não apenas por palavras, mas por viver e morrer na cruz com o exato tipo de amor que lemos aqui.
Conclusão
Eu, escrevendo em 2023, não sei o que aconteceu conosco, Igreja de Jesus, nos últimos dez anos. Quando decidimos trocar essa mensagem do Sermão do Monte por aquela de um partido político? Quando o Brasil se tornou mais importante que o Reino de Deus? Quem disse que o Senhor, Criador do Universo que se estende por mais de 13 bilhões de anos-luz, se importa com um pedaço de terra de 8,5 milhões de km quadrados, cujo nome artificial é “Brasil”? Você realmente trocaria o conselho do Rei dos reis e Senhor dos senhores, cujo reino não terá fim, por aquele de algum presidente da república cujo mandato dura quatro anos?
Se sua resposta é "não", por que então você passa mais tempo com esses assuntos que com as palavras de Jesus Cristo, nosso Senhor? Desafie-se: por uma semana apenas, você poderia compartilhar reflexões bíblicas sobre a vida cristã, ao invés de compartilhar matérias que incitam a raiva e o ódio em alguém. Veja menos notícias e estude mais o sermão do Monte. Ore pelos seus inimigos, peça que Deus os abençoe, ilumine, salve, cuide. Melhor ainda, se trabalhar ou estudar com algum deles, convide-o para um café e troque uma ideia. Quem sabe o inimigo não se torna um amigo?
Lembre-se: o que teria acontecido se Jesus tivesse ficado distante de nós, e nunca tivesse vindo conversar com os pecadores, andar com eles, viver seus dilemas e dificuldades?
"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha.”
(Mateus 7:24-25, NVI)
Referências e notas
(1) Jonathan Haidt (2022). Yes, Social media really is undermining democracy. Disponível em: https://www.theatlantic.com/ideas/archive/2022/07/social-media-harm-facebook-meta-response/670975/
(2) James Adams (2016). War Psalms of the Prince of Peace: lessons from the imprecatory psalms. P & R Publishing.
(3) Bené Gomes (1988). Aliança. No álbum: Adoração 1 por Ministério Koinonya de Louvor.